Acidentes em ambientes escolares. São previsíveis?

Acidentes em ambientes escolares. São previsíveis?

Podemos afirmar que a maioria dos acidentes escolares são previsíveis, uma vez que a criança encontra-se em processo de crescimento e formação. As crianças são curiosas, o que é perfeitamente normal; gostam de enfrentar desafios, mas desconhecem o perigo que alguns desses desafios podem causar como quedas, tropeços, batidas, arranhões, cortes, deslocamentos e alguns ossos quebrados.

Quando uma escola é projetada, ela precisa de várias autorizações de entidades governamentais que cuidam da segurança, saúde e bem estar dos menores e adultos, mas nem sempre nesses laudos encontram-se todas as prevenções de acidentes.

Já tivemos crianças que voltaram para casa com galos nas testas (é o campeão), com dente quebrado, braço deslocado, corte na cabeça, na testa, no joelho, no braço…

Os acidentes previsíveis são aqueles que sabemos que irão ocorrer, mas também sabemos que a maioria deles não conseguiremos evitar, pois crianças saudáveis correm, pulam, brincam sem noção do perigo que as rodeiam.

Acidentes com crianças com menos de um ano também ocorrem em uma escala bem menor, mas na maioria das vezes basta um piscar de olhos para que uma batida de testa ocorra, afinal, ela está apenas iniciando as suas descobertas.

O que fazer então, pois as crianças precisam explorar os espaços e aprender a andar, correr, saltar, etc.

De acordo com as nossas “infindas" experiências, a orientação é sempre a melhor solução. Quando uma criança se machuca, devemos demonstrar calma e tomar as providências cabíveis como levar para a enfermeira e comunicar a família.

Observar o local da queda e ver se há algo a melhorar, o mesmo deverá ser feito de imediato.
Na Ponto Alfa, já fizemos inúmeras modificações por quedas e tropeços de crianças que jamais poderíamos ter previsto. Aumentamos o parque, colocamos portões em algumas áreas, cadeados em outras, tatames e tapetes em pontos estratégicos, mas mesmo assim, sabemos que será impossível evitar que as crianças caiam e se machuquem.

São elas que nos sinalizam os locais que devemos melhorar.

Priorizamos as brincadeiras onde as crianças possam se desenvolver saudavelmente pulando, correndo e enfrentando novos ou velhos desafios mesmo sabendo dos riscos que enfrentarão.

Criança saudável é aquela que brinca e se diverte mesmo com um galo na testa ou uma tipoia no braço.